Vinho: Tarapacá Gran Reserva Cabernet Sauvignon
Tipo: Tinto
Safra: 2008
País: Chile
Região: Valle Del Maipo
Produtor: Viña Tarapacá
Enólogo chefe: Edward Flaherty
Castas: 86% Cabernet Sauvignon, 5% Cabernet Franc, 5% Petite Verdot, 3% Syrah e 1% Carmenère
Envelhecimento: 16 meses em barricas de carvalho Americano e Francês
Graduação Alcoólica: 14,4%
Acidez Total: 5,13 g/l (Acido tartárico)
Acidez Volátil: 0,48 g/l
Açúcar Residual: 2,70 g/l
pH: 3,65
Preço: R$ 50,00
Importador: Épice
Comentários do amigo Rogério Gomes:
O custo x benefício desta semana vem acompanhado de uma incerteza, a interrogação ao final da frase: Custo x benefício da semana? Vou abusar um pouquinho do espaço concedido pelos amigos do Confloripa para divagar sobre a eterna polêmica: O que define um vinho como bom? Gosto é pessoal, é subjetivo e não deveria ser padronizado, embora a tendência mundial, na opinião de Michel Rolland seja o vinho estilo Coca-cola (http://bordeauxwinenews.blogs.sudouest.fr/archive/2010/09/16/coca-cola-style-wine.html). Rolland explica que no futuro o vinho poderá ter ingredientes de acordo com a demanda de cada mercado, citando, por exemplo, que vinhos para o mercado Indiano poderiam ter sabor de Curry e outras especiarias. Bom, isto até pode acontecer, mas neste futuro próximo eu torço para que ainda existam vinhos feitos de uva.
Dito isso, passemos ao vinho da semana: trata-se de um vinho que agrada muitas pessoas, já me agradou muito e hoje já não me agrada tanto. Ao abrir a garrafa deste Tarapacá Gran Reserva Cabernet Sauvignon 2008 eu esperava sentir um ataque aromático que me remetesse às lembranças das degustações de safras anteriores, os da safra 2003 tinham aquele ataque de madeira seguido de frutas negras em camadas, o 2008 me remeteu a frutas vermelhas super maduras. A ficha técnica (http://www.tarapaca.cl/fichas/english/vt_gr_cs_ing_08.pdf) descreve que o vinho estagiou 16 meses em madeira, mas no nariz e em boca isto não se comprovou. O teor alcoólico de 14,4% proporciona ao vinho um bom volume de boca, até demais, seria goma arábica em excesso? Um detalhe que chama atenção é que na ficha técnica o teor alcoólico descrito é de 14,4% enquanto que no rótulo é de 13%, qual seria o correto?
Falando um pouco da Vinícola Viña Tarapacá, em 2006 a empresa contratou um novo enólogo chefe, Edward Flaherty, que recebeu a missão de direcionar o estilo dos vinhos tops da vinícola para o mercado global e foi nessa mudança que se criou o vinho ícone da vinícola, o Tara.Pakay (http://www.tarapaca.cl/our_wines/tara_pakay.html).
Voltando ao custo x benefício da semana, o vinho que bebi da safra 2008 não me agradou, pois não é muito o estilo de vinho que eu gosto, mas como gosto não se discute, fica aqui a dica da semana do vinho, a safra é por sua conta!
O Tarapacá, ótima opçao custoxbeneficio.Levando em consideração que a safra é jovem, um detalhe. O vinho nào teve tempo suficiente para chegar em seu grau máximo de excelência.
ResponderExcluirabraços.
Colegas da Confraria Essen, certamente este CS 2008 ganhará complexidade com o tempo. E quanto ao estilo do vinho, os colegas também identificaram as mudanças?
ResponderExcluirAbraços